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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Exercícios auto-limitantes

Este é um artigo bem interessante escrito pelo Thiago Ferragut Passos, baseado em um trecho do novo livro de Gray Cook ("Movement", sem publicação no Brasil).
Vale a pena ler...

Exercícios auto-limitantes
Na última semana lí um artigo sobre a idéia de se correr descalço e como essa nova moda tem se difundido e quais as vantagens dela para o corpo.
E um dos pontos discutidos, apontados por Gray Cook no seu novo livro "Movement", é a idéia de ser um exercício auto-limitante, que é simplesmente a idéia de que se você correr descalço mais do que o seu corpo aguenta, ele vai te indicar isso por dores, no calcanhar ou no tornozelo, e isso faz com que você ou pare de correr, ou se adapte com um padrão adequado de movimento que não permita que você tenha uma incidência exagerada de forças no seu corpo.
O que acontece ao usarmos um tênis para corrida é que colocamos um sistema de amortecimento na sola dos pés, que nos permite exigir mais do nosso corpo do que estaríamos preparados, e passamos a distribuir essa sobrecarga para outras regiões do corpo, como joelho e região lombar da coluna. O que passa a acontecer é que o corpo perde o "feedback" que nos diz que aquele volume ou intensidade da corrida estão sendo exagerados para aquele momento ou pessoa, e acabamos com lesões crônicas. Em corredores isso fica evidenciado pelo número de corredores usando suporte de joelhos...
Gray Cook e outros treinadores estão cada vez mais sugerindo a utilização de outros exercícios que também sejam auto-limitantes, para que esses apresentem os limites de cada um, e assim possamos trabalhar dentro de uma faixa maior de segurança. Ele classifica esses exercícios como aqueles que" exigem uma consciência e percepção do movimento, alinhamento, balanço e controle. Exercícios auto-limitantes exigem um comprometimento do executante".
Outros exercícios auto-limitantes como o turkish get-up (Nota: exercício realizado com kettlebell), os Military-press invertidos, as remadas invertidas, pular corda, as próprias cordas (battling ropes), entre outros, são exercícios que requerem esse comprometimento, e fazem com que os resultados, tanto de reestruturação dos padrões do movimento, quanto de aumento de força e gasto calórico, sejam muito mais efetivos, tendo assim, um resultado mais satisfatório para o praticante do que exercícios em ambientes artificiais, como máquinas articuladas de musculação!
Portanto, pense duas vezes quando optar em exercícios "fáceis" em detrimento daqueles que não fazemos por serem "muito difíceis"! O resultado está alí!

Nota: penso que além da questão levantada sobre correr descalço, treinar descalço também traria os mesmos benefícios. Pense na sensação de um treinamento descalço,sentindo os músculos dos pés trabalhando para manter o equilíbrio, em um movimento mais natural dos mesmos, nos benefícios que isso traria para a propriocepção em cada um de nós. Os cursos do Alexandre Franco da GAFF,que realizo em Porto Alegre no Studio Treinamento Funcional do Tiago Proença, são feitos em um ambiente em que se treina descalço e a sensação é ótima. Um dia ainda terei um ambiente de treinamento dentro desta concepção...grande abraço!!! 

Armando Jr Largura - "Pillar Training" (51)9166-3976/3059-3240 armandojr.73@hotmail.com

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